Por Bill Moraes
“As empresas excepcionais dependem fundamentalmente de pessoas que
gerenciam a si próprias e são automotivadas, ingrediente número um para uma
cultura de disciplina. Se você pensa que esta cultura é caracterizada por
regras, rigidez e burocracia, estou sugerindo justamente o oposto. Se você
tiver as pessoas certas, que aceitam responsabilidade, você não precisa ter um
monte de regras sem sentido e burocracia infindável em primeiro lugar!” -Jim
Collins
Recentemente, o presidente de uma importante empresa brasileira
de manufatura me procurou com semblante muito preocupado. Parecia que o mundo
todo estava nas costas dele. Ele disse “Bill, nossa organização cria excelentes
estratégias e iniciativas. Mas quando volto a me reunir com meus vice
presidentes um mês depois, parece que esquecemos que somos líderes. Viramos
“solucionadores de problemas”. E quando falamos sobre isso, a culpa sempre está
nas coisas que não podemos controlar. E culpar coisas que não podemos controlar
não ganha o jogo!”
Como alcançar resultados excepcionais com nossa equipe? Nas
disciplinas 1, 2 e 3 criamos um jogo da equipe (veja meus posts anteriores aqui
no linkedin de setembro e outubro de 2014). Temos foco, criamos boas apostas e
temos placares envolventes. Mas o jogo ainda não começou.
Geralmente quando nos reunimos com nossa equipe para
acompanhar a execução de um plano ou iniciativa, qual é a pauta mais comum? Fez
ou não fez. Certo ou errado. E o líder coordena a reunião dizendo para cada um
o que deve ser feito. Soa familiar?
A execução só começa na Disciplina 4: Crie uma Cadência de
Responsabilidade. Nesta disciplina, a equipe realiza um tipo muito incomum de
reunião, muito rara na nossa experiência em mais de 140 países onde a
FranklinCovey atua. Nesta reunião semanal, que dura no máximo 15 a 20 minutos,
cada pessoa responde à seguinte pergunta: que 1 a 2 coisas mais importante eu
farei nesta semana para mover o nosso placar?
Por que esta reunião é incomum? Simples, porém extremamente
doloroso para o líder. Quem diz o que fará é a pessoa, não é o líder que diz a
cada pessoa o que fazer. O que muda quando cada pessoa assume compromissos? O
que acontece quando a equipe presta contas à própria equipe? A diferença é
colossal. Não falamos de culpa sobre alcance de resultados. Falamos de algo
ainda mais duro para cada pessoa. Esta pessoa cumpriu aquilo que ela mesma
assumiu perante a equipe? Esta é a dor da prestação de contas.
É literalmente a diferença entre noite e dia. Se você quer
criar uma cultura vencedora, onde pessoas gerenciam a si próprias e prestam
contas, crie uma cadência de responsabilidade.
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