terça-feira, 29 de setembro de 2015

Compreensão e percepção

Por Paulo Kretly


À medida que você aprende a entender profundamente as outras pessoas, vai descobrir grandes diferenças em sua percepção. Também vai começar a dar valor ao impacto que estas diferenças provocam quando as pessoas tentam trabalhar juntas em situações interdependentes. 

Você vê a moça. Eu enxergo a senhora. E nós dois podemos estar certos. Você pode olhar o mundo através de seu centro no cônjuge. Eu o vejo pelas lentes do dinheiro e da preocupação econômica. Você pode ter sido criado com a mentalidade de abundância. Eu posso seguir a mentalidade da escassez. Você pode abordar os problemas a partir de um paradigma do cérebro direito, altamente visual, intuitivo e holístico. Eu posso ser um típico cérebro esquerdo, muito sequencial, analítico e verbal em minhas abordagens. 

Nossas percepções podem ser muito diferentes. E, mesmo assim, nós dois vivemos durante anos, cada um com seu paradigmas, pensando que eles são "fatos", e questionando o caráter ou a competência conceitual de qualquer um que não consiga ver os "fatos".
Bem, como todas as nossas diferenças, estamos  tentando trabalhar em conjunto - em um casamento, trabalho, projeto de serviço comunitário - e tentando gerenciar recursos para obter resultados. E como vamos agir? Como vamos transcender os limites de nossas percepções individuais, de forma que possamos nos comunicar em profundidade, de modo que possamos lidar cooperativamente com as questões que temos pela frente e alcançar soluções ganha-ganha? 

A resposta é  "procure primeiro compreender, para depois ser compreendido". Mesmo quando (e principalmente nesse caso) a outra pessoa não adota o mesmo paradigma, é preciso tentar primeiro compreender. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Como barrar a impulsividade na tomada de decisões e alcançar o sucesso

Por Paulo Kretly

O ímpeto serve para alçar voo depois de planejar a trajetória e não como inspirador decisivo


Em tempos inconstantes, onde as condições financeiras e de trabalho oscilam ante as transformações do mercado, saber decidir é a chave para levar uma equipe a vencer. Essa qualidade é importante para identificar um grande líder, pois são os líderes, que mesmo em meio às tempestades do caminho, mantêm o equilíbrio e os resultados à frente.

Tal situação pode ser comparada à prática do Triathlon.  A competição, que envolve três modalidades distintas (natação, corrida e ciclismo) pode ficar comprometida se houver uma única falha durante as transições colocando a perder todo o planejamento.

Às vezes, a equipe enfrenta situações extremas e não consegue ver além da etapa que exige esforço para ser superada. Mesmo com uma reviravolta, o caminho não será fácil – nós entramos em um mundo em que os riscos do passado parecem suaves comparados com os que encaramos hoje. Crises futuras podem ser mais severas que qualquer coisa que tenhamos enfrentado. Nessas horas, ter um grande líder que se baseia em princípios sólidos, mesmo num ambiente fluído e inconstante, é indispensável.

Isso se dá inclusive por um fator muito importante na gestão: não tomar decisões impulsivamente. Ao manter o foco, o líder consegue preparar-se antes de  chutar o pênalti. Assim, mesmo correndo contra o tempo, ele não perde a partida.

Há diversos exemplos de situações onde a pressa foi a causadora dos problemas, pois é sempre preciso analisar a forma de agir para que a impulsividade não destrua anos de trabalho.
Por isso é necessário também construir a base para saber barrar o impulso e ter sucesso. A dica é prever esses perigos. Isso será possível ao seguir conceitos como: executar prioridades com excelência, mover-se com a velocidade da confiança, realizar mais com menos e reduzir o medo. Se há uma coisa certa quanto à vida, é a incerteza. As grandes equipes atuam consistentemente e com excelência, a despeito das condições.

O que  também ajuda nesses momentos é saber o que fazer. Bob Whitman, Nassim Nicholas Taleb, Steven Covey autores do livro “Resultados previsíveis em tempos imprevisíveis”, comentam que um grande líder tem bem claro em sua mente qual o plano a seguir e ao mesmo tempo precisa ter a certeza de que os colaboradores saberão como se comportar. Os autores ainda usam um exemplo. Numa recessão, repentinamente todos tem o mesmo objetivo óbvio: cortar custos e manter o caixa num nível mais alto. Até mesmo a lucratividade fica em segundo lugar. Quer se tenha fins lucrativos ou não, é necessário ter dinheiro - ou fechar as portas.

Se a meta “cortar gastos” tiver sido anunciada, será que cada gerente estará ciente dela? Isso implica em que todos saibam o que fazer? Todos têm uma tarefa específica e bem definida a fazer? Todos têm metas estabelecidas para aumentar a receita, cortar custos e acelerar a arrecadação? Ou eles estão deixando esse trabalho tão importante apenas para o departamento comercial e o financeiro?

Resolver essas pendências antes que o problema cresça melhora muito a qualidade das decisões em momentos críticos. Assim o impulso servirá para seu papel mais nobre, o de levar ao sucesso depois de decisões bem tomadas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O que você vende vale nada. A não ser que....

Por Maurício Araújo

E se eu te dissesse que seu produto ou serviço não tem valor intrínseco algum.

Ou seja, o que você vende não tem qualquer valor em si mesmo para o mercado. Não há qualquer oportunidade latente para aquilo que você tem nas tecnologias desenvolvidas ou nos estoques de sua empresa...

Você duvida?

A razão é simples.

Todo produto ou serviço deriva valor apenas dos problemas que resolvem ou dos resultados que produzem.

Quando interage, um profissional de vendas experiente busca primeiro compreender o que seu cliente realmente quer alcançar ou resolver. Se este profissional não consegue detectar o impacto financeiro de sua solução a favor do cliente, ele sente-se obrigado a alerta-lo sobre isto.

Ele sabe que se o seu produto ou serviço não ajuda seu cliente a resolver um problema ou a atingir algum resultado, este vendedor não tem valor algum a oferecer.

Quanto está custando para o cliente o problema que você quer ajuda-lo a resolver?

Quanto o cliente ganharia com o resultado que você quer ajuda-lo a obter?

Quantificar estes valores significa quantificar o alcance de sua oferta.

Para isso, no primeiro momento você precisa deixar de lado sua solução. Um dos erros mais comuns de vendedores inexperientes é que eles falam demais sobre si mesmos. Eles falam sobre seus clientes, sua história, seus produtos e serviços, etc, etc....

Eles arrogantemente acham que têm a solução perfeita sem ao menos quantificarem o problema do cliente! De fato, até que provem o contrário, suas soluções não valem coisa alguma!!


Então, por que eles fazem isto???

Porque é muito mais confortável para estes vendedores falarem sobre si mesmos e sobre as soluções que dominam. Um vendedor medíocre entra em sua Zona de Conforto quando surge o slide “Nossa Empresa”, seguido de 45 minutos de malabarismos, piadas manjadas e scripts viciados...

E quando finalmente apresentam seu preço, o cliente acha caro demais e pede desconto. O vendedor faz o que pode para conseguir a venda e torce para dar certo. Com sorte, uma em cada dez tentativas se concretizam.

Ao invés disso, vendedores experientes não falam de sua solução antes da hora. Eles exploram objetivamente os problemas, os resultados almejados, os impactos financeiros, os critérios que o cliente irá utilizar para tomar sua decisão e então eles falam de sua oferta. O preço torna-se um fator secundário neste nível de discussão.

Entrar neste campo é arriscado, desconhecido e mais confortável para o cliente do que para o vendedor.

Por isso poucos ousam fazê-lo. Os calouros sabem que isso é para profissionais.

Pela experiência adquirida pela FranklinCovey ao estudar milhares de campeões de vendas ao redor do mundo, concluiu-se que quando o cliente tem espaço para compartilhar suas necessidades PRIMEIRO, antes que o vendedor comece a falar de si mesmo, isto abre espaço para que DEPOIS ele prove  - com muito mais propriedade - como sua solução poderá ajudar o cliente no que ele quer resolver ou alcançar!


Portanto, antes de sair por aí falando que os problemas dos seus clientes acabaram, vendedores-adivinhos precisam se dar conta de que os problemas de seus  clientes na verdade, apenas começaram....

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pequenos líderes: novo método quer 'criar alunos para vida'

Em entrevista exclusiva ao Terra, desenvolvedor do método de ensino 'O Líder em Mim' falou sobre os principais desafios da educação atual


Pense em uma sala de aula que, além dos problemas matemáticos, os professores ensinassem seus alunos a resolverem conflitos da "vida real" e a terem sucesso nela. Agora pense em uma escola prestes a fechar. Você acreditaria que apenas sete passos, que contam com valores morais como proatividade e “fazer primeiro o mais importante”, conseguiram mudar o futuro do colégio? 

Parece difícil e até utópico de crer, mas essa foi a reinvenção que a diretora Muriel Summers precisava para dar um novo fôlego aos alunos e ao corpo docente da escola A.B. Combs, na Carolina do Norte, Estados Unidos.

O método de ensino O Líder em Mim , utilizado para ajudar o colégio, nasceu em 1999 e foi desenvolvido por Sean Covey, baseado no livro Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes , escrito pelo pai Stephen R. Covey. O educador esteve no Brasil para uma palestra sobre o assunto e em entrevista exclusiva ao Terra , por telefone, Sean falou sobre os principais desafios da educação atual. 

O método já é utilizado por mais de 250 escolas brasileiras e foca em crianças do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano). Como Convey explica, “as matérias básicas não são o suficiente, precisamos educar as crianças por completo. Precisamos ensinar valores como criativade, colaboração, como lidar com outras pessoas, responsabilidade.”

“Eu tenho a oportunidade de viajar ao redor do mundo, conhecer diferentes escolas, e vejo que os problemas são basicamente os mesmos. E o sistema brasileiro não foge disso”, afirma. “Visitei países como Índia, México, Holanda, Estados Unidos, China e os problemas são similares. A necessidade de educar os alunos para a vida é similar no mundo inteiro”.

O Líder em Mim incentiva os alunos a acharem seus próprios dons e enxerga que cada criança é um líder em potencial. Existem sete passos básicos instigados em sala que são os “pilares” do método e criam uma linguagem comum, facilitando a comunicação entre alunos e professores: 

Hábito 1: seja proativo
Hábito 2: comece com o objetivo em mente
Hábito 3: faça primeiro o mais importante
Hábito 4: pense ganha-ganha (ou seja, o aluno precisa resolver possíveis conflitos de forma que ambas as partes saiam ganhando)
Hábito 5: procure primeiro compreender, depois ser compreendido
Hábito 6: crie sinergia
Hábito 7: afine o instrumento (ache um equilíbrio entre corpo, cérebro, coração e alma)

“O método é um processo escolar. Começa com os professores aprendendo os valores de um líder e passando para as crianças, que aprendem responsabilidades como balancear corpo, mente e espírito. Assim como aprendem a resolver problemas matemáticos, também precisam aprender a lidar com outras pessoas”, explica o educador.

Porém, se a primeira vista parece complicado para crianças assimilarem uma nova forma de pensar, para os adultos o processo pode ser ainda mais desafiador.

“Adultos têm dificuldades em ‘desaprender’, então o método também tem muito a ver com os próprios adultos (professores, funcionários, pais). O método começa com os professores, os funcionários do colégio e eles aprendem que se queremos uma mudança, precisamos começar com nós mesmos. É muito mais fácil com crianças do que com adultos”, explica Covey.

Segundo o educador, os professores se sentem tão beneficiados quanto os alunos, pois são relembrados do por que escolheram ensinar, por que estão trabalhando com crianças. Como resultado, os profissionais voltam a encontrar alegria em sua rotina. “O projeto é de dentro para fora. É difícil para adultos mudarem. A razão por que o método impacta tanto é que começa com os professores, ele muda a cultura da escola”, afirma.


O desenvolvedor do método acrescenta: o que fortalece esse sistema de ensino é levar em consideração que cada criança é diferente, portanto, é melhor em áreas diferentes. “Parte da força de O Líder em Mim é que ele valoriza o aluno como indivíduo. Queremos ajudar cada criança a achar seu dom, sua voz, em que são boas. Não é uma receita de bolo. Em que você é bom? Vamos descobrir e comemorar com você”.
“Crianças com dificuldade de aprendizagem, autismo, ou muito tímidas costumam se dar muito bem em escolas que usam o método. E o motivo desse sucesso é que os professores são instigados a ajudarem eles, descobrirem junto com o aluno em que eles são bons, incentivá-los”, comenta.

Como exemplo, Sean cita o caso que ocorreu em uma das escolas, nos Estados Unidos.
“Tinha um aluno, conhecido por praticar bullying com outras crianças, que havia sido expulso de seu colégio. Ao chegar à nova escola e conversar com a diretora, mostrou o mesmo comportamento, até a xingou. O que foi feito? Ela lhe atribuiu uma atividade de liderança: ele seria o responsável por separar as brigas na hora do intervalo. Ele ficou surpreso, porque estava acostumado a ser o ‘cara malvado’. Mas essa atitude e o incentivo dos professores mudaram sua forma de agir.”

“O intuito é ir atrás de cada criança, não apenas celebrar e exaltar aqueles que vão bem nas matérias ou são bons nos esportes. Se você é bom em audiovisual, por exemplo, vamos achar uma tarefa para você exercer isso”, finaliza.
O Líder em Mim já chegou a 36 países, como Argentina, Egito, Nova Zelândia e Uganda. Sean Covey explica como o método deu certo mesmo em culturas que se mostram tão diferentes: “foi uma bela surpresa para nós ver como o método se adaptou em tantos países. Claro que eles precisam fazer alguns ajustes, colocam seus próprios ‘temperos’. Mas como O Líder em Mim é baseado em valores universais, funciona muito bem. Já testamos em países como Taiwan, China e Arábia Saudita.”

O mundo está mudando cada vez mais rápido, métodos de ensino que antes pareciam brilhantes, hoje já se mostram defasados. Porém, a educação em si ainda demora a mudar. E Covey tem uma explicação para isso.
“Educação é algo demorado, porque você tem sistemas que são difíceis de quebrar. Já saímos da era industrial, estamos na era do pensamento, da criatividade, mas essa era industrial ainda está presente em muitas empresas e não é fácil romper com isso. Só as matérias básicas não são suficientes, temos que criar os alunos para a vida.”



quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A mudança de Paradigma na Comunicação

Por João Palmeira


Falar é uma necessidade, escutar é uma arte. - Goethe, Johann           


O modelo abaixo utilizado por Stephen M. R. Covey em seu livro - A Velocidade da Confiança, discute comportamentos e a comunicação relacionados a liderança.


Essas dimensões possuem correlação, sempre que uma delas é impactada as outras sofrem influência em algum grau. A confiança é estabelecida quando os comportamentos e linguagem estão alinhados.

O impacto de uma mudança na linguagem pode trazer uma nova visão a respeito de como enxergamos os outros e o mundo a nossa volta.

Conta certa história que um pregador entusiasmado falava em praça pública a um grande número de ouvintes.  Como muitas vezes acontece, um escarnecedor interrompeu-o dizendo:

- Pregador, o seu Deus pode fazer tanta coisa como você esta dizendo,  mas não pode  mudar a roupa desse mendigo que está ao seu lado.

O pregador, sem se perturbar, respondeu:

- Realmente, Nisso o senhor tem razão.  Deus não vai mudar a roupa desse mendigo ao meu lado,  mas Deus pode mudar o mendigo que está dentro dessa roupa.

Mudar não é fácil, as vezes nem mesmo temos a consciência da necessidade da mudança.  Uma maneira de fazer isso é, perguntar as pessoas que se importam conosco sobre que sinais estamos emitindo no processo da comunicação ou  ainda avaliar os resultados que temos colhido. 

Temos a tendência de usar estratégias que deram certo.  Isso começa na mais tenra idade, alguns utilizam o choro, a birra, a teimosia, a insistência, os gritos ou o silêncio.  Ao fazer isso ao longo de muitos anos, não percebemos nossos comportamentos e os repetimos constantemente.

A primeira coisa a fazer é estar atento ao nosso comportamento e se mostrar disposto a mudar.  No livro Conversas Cruciais, os autores sugerem que estejamos atentos as estratégias que usamos.  As pessoas tendem a não se sentir seguras, quando não há fluxo livre de informações, isso acontece quando tentamos impor nossas ideias.  Geralmente as reações estão dentro de uma das estratégias citadas.  Olhe para o resultado de  suas experiências  recentes de comunicação em bate papos informais ou em reuniões formais. Será que há um padrão? A insegurança na conversa  tende a nos deixar totalmente cegos `a solução.  O caminho é reprogramar o cérebro, fazemos isso ao nos colocarmos em posição de questionar nossa percepção sobre nossos motivos verdadeiros.  O que pode ser feito então? Segundo os escritores Joseph Grenny, Ron Mcmillan, do livro Conversas Cruciais, alguns dos possíveis caminhos, são:

- Aprenda a ver o conteúdo e as condições
- Procure o momento em que a situação se torna decisiva
- Aprenda a observar problemas de segurança
- Olhe para ver se os outros estão buscando estratégias de silêncio ou agressividade
- Procure explosões do seu estilo sob estresse.

Comunicar-se eficazmente é uma questão importante no meio profissional, precisamos identificar quais são os motivadores, desejos e necessidades dos envolvidos e de que maneira nos comportaremos e passaremos a mensagem.  A comunicação pode ser feita de mais de uma maneira, através de gestos, imagens, oral, escrita e pela mídia em suas diferentes formas.   Nos comunicamos basicamente a maior parte do tempo de forma escrita e oral, quando desejamos rapidez, a forma oral sempre será mais eficaz, a escrita formaliza a informação.  Seu objetivo na comunicação poderá determinar a melhor maneira, tenha sempre em mente qual o conteúdo será abordado.

Algumas vezes criamos barreiras imaginarias e agimos como se fossem verdades absolutas, é preciso superá-las.  Precisamos esclarecer nossos objetivos, ser diretos e algumas vezes ser breves em nossas colocações, certificando-se que a mensagem está sendo entendida.

Que comportamentos poderão nos ajudar no processo da comunicação eficaz?

Vejamos alguns deles:

-  Procure evitar interromper a pessoa que estiver falando;
-  Mostre sincero interesse pelo outro e pelo assunto;
-  Evite emitir juízo antes de compreender claramente;
-  Acredite no que está sendo compartilhado, até que lhe seja provado o contrário;
-  Procure manter-se atento a maior parte do tempo possível;
-  Pergunte apenas para se certificar e esclarecer o que estiver ouvindo;

O processo de comunicação eficaz pode parecer trabalhoso, mas pense: O que posso ganhar se conseguir me fazer entender?  Como posso mostrar interesse verdadeiro no outro? Como posso melhorar minhas habilidades de comunicação? O que eu não tenho feito, e se fizesse mudaria os meus resultados?

Boa reflexão!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Falamos a mesma língua... mas não nos entendemos

Por João Palmeira



Nunca subestime o poder de uma palavra ou de uma ação gentil. - Jackson Brown Jr.
O grande desafio da comunicação eficaz, reside no fato de muitos de nós caminharmos para uma de três possíveis direções: Evitamos o confronto, ficando calados e entramos em nossas “cavernas”, falamos excessivamente, fazendo “looping” do assunto de forma exaustiva e agressiva ou buscamos de forma clara e civilizada encontrar uma solução.

Em cada uma das situações descritas acima, existem nossas histórias de vida nos influenciando.  Algumas pessoas acreditam que o outro sempre o estará acusando, se colocam em posição de vítima.  Outras pessoas, não desenvolvem a paciência necessária para esclarecer o que pensam, acreditam que fugir da discussão é o caminho. Existem aquelas que arranjam encrenca para tudo, nunca ficam bem, só melhoram depois de ter criado um clima ruim. E aqueles que buscam o equilíbrio, a compreensão e a “paz”.

Quando as emoções estão em alta, fica muito difícil ouvir com empatia e discernimento. Nestes momentos nossa fisiologia entra em ação, uma ebulição toma conta de nosso ser, então de maneira automática, somos levados ao silêncio ou discussão.  O problema dessa reação, é que o cérebro diante do desafio desvia o sangue de atividades que não considera essenciais, direcionando-os para os músculos, diminuindo a quantidade na área irrigada no cérebro onde tomamos decisões sensatas. Passamos a reagir em vez de agir com equilíbrio.

Os momentos em que esta reação acontece, podem ser vividos nas mais diferentes situações do dia a dia, eis alguns exemplos:

a) Quando temos pontos de vista antagônicos sobre um assunto delicado;
b) Quando falamos a um superior que tem comportamento reativo;
c) Quando lidamos com uma separação;
d) Quando falamos de resultados ruins sobre uma responsabilidade delegada;
e) Quando cobramos uma dívida;

A falta de compreensão afeta nossa vida pessoal e profissional, impactando não só no relacionamento mas também em nossa saúde, provocando um desequilíbrio em nossos sistemas metabólicos.  Grande parte das pessoas acredita que não precisa aprender, aperfeiçoar-se ou melhorar suas habilidades de comunicação.  Essas mesmas pessoas acreditam que o que já sabem lhe basta.

Falar sem rodeios e de maneira clara pode ajudar-nos a evitar interpretações erradas e a encontrar uma solução.  Alguns pontos que influenciam nossas emoções e por consequência nossos relacionamentos são:

Sorria:  Não fere, não paga impostos e ajuda criar um ambiente agradável e simpático, além de movimentar vários músculos da face, influenciando de maneira benéfica o tônus muscular.

Evite criticar: Principalmente se as emoções estiverem em alta, nestes momentos a capacidade auditiva parece diminuir sensivelmente, levando a “surdez” temporária.

Elogie: Nada melhor para o ser humano do que receber reconhecimento por seus feitos, mesmo que para você o elogio  pareça simples.

Conecte-se: Interaja com as pessoas que gosta, usufrua do convívio, ame sem “frescura”. Perdoe sempre que possível, 70 x 7 é o conselho encontrado nas escrituras.

Mantenha o bom humor: O humor diminui a distância entre as pessoas, além de criar um ambiente ideal para o desenvolvimento de ideias criativas.

Qual o seu comportamento diante de um assunto difícil? Em qual das três direções citadas você se enquadra? Que resultados você tem conseguido? Existe algo a aprender ou melhorar?
Boa reflexão!


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Seja proativo e faça a diferença

Por Paulo Kretly

Nem sempre o profissional que chega no horário e cumpre suas funções pode ser considerado proativo. Fazer mais, melhor e com envolvimento pode trazer melhores resultados. Você é proativo?



Todas as pessoas possuem habilidades e um potencial a ser liberado. Quando esse potencial não é trabalhado é necessário controlar as atividades delegadas o tempo todo. É assim que reconhecemos a liderança, a figura de um líder. Ao observar sua equipe vemos que tipo de perfil é encontrado. Pessoas motivadas? Que fazem a diferença? Ou um grupo que faz o famoso “arroz com feijão” e não trabalha a criatividade?
A iniciativa, ou melhor, a proatividade precisa ser constantemente estimulada. Para conquistar uma equipe que realize sem necessariamente precisar de ordens, que crie e inove com as situações apresentadas no dia a dia não apenas reproduzindo situações, precisamos liderar de maneira segura, delegando atividades. Costumo citar que em uma empresa temos o gerente que fiscaliza e controla as ações dos funcionários. E temos o líder em cargo de gerência que desenvolve os potenciais dos seus subordinados.
Mesmo quem por natureza sai na frente tomando atitude necessita de incentivo para não desanimar e continuar dando soluções, resolvendo problemas e encontrando novas saídas. Trabalhar a iniciativa das pessoas mostrando que elas devem ser uma solução e não um problema é desenvolver nesse individuo o paradigma da pessoa completa.
Estimulada pelo líder, ou seja, seu chefe direto, uma pessoa pode ser proativa e ter as quatro áreas de seu desenvolvimento interligadas de maneira única: mente, coração, corpo e alma. A mente desenvolve o controle para tomar decisões e avaliar as situações. O coração em equilíbrio ativa a facilidade de se relacionar e confiar, enquanto o corpo representa a parte física que precisa estar em sintonia. Já a alma representa a necessidade de fazer a diferença, ou seja, de criar, crescer, atuar e ser reconhecido por isso.
As pessoas, de maneira geral, todas, sem exceção, têm potencial. O que falta hoje são líderes que desenvolvam o potencial das pessoas. O verdadeiro líder é quem enxerga essa capacidade humana antes mesmo do indivíduo enxergar. Um funcionário que chega no horário, bate ponto, segue sua rotina, almoça, volta ao trabalho sem atraso e termina suas atividades pontualmente no final do expediente, por exemplo, nem sempre é sinônimo de competência. O profissional pode ser regrado, responsável com horários e nem por isso ele pode ser considerado proativo.
A capacidade de inovar está além de seguir convenções. É a união da responsabilidade com o fazer acontecer. Cumpro minhas obrigações e vou mais além porque preciso disso para me sentir vivo, produtivo e em constante mutação. Para alguns, essa atitude é natural e, se bem estimulada, com elogios e incentivo, se transforma em grande potência. Se não, uma pessoa com todas essas habilidades pode se acomodar, se encher de frustrações e conseqüentemente tornar-se reativa. Por isso é tão necessária a figura do líder que enxerga as potencialidades e as administra a favor dos funcionários e do progresso da empresa.
Essa motivação acontece de dentro para fora, não de fora para dentro. A construção de indivíduos proativos, sejam os que têm iniciativa por natureza, ou não, acontece com habilidade e competência do gestor que possui a capacidade de olhar para além das necessidades básicas do trabalho desenvolvido. Esse gestor consegue enxergar mente, coração, corpo e alma de sua equipe e sai na frente, pois tem um trabalho de qualidade e agrega valor as pequenas atividades profissionais que gerencia. Ou seja, ganha todo o ciclo profissional. E mais que isso: criam-se indivíduos satisfeitos e preparados, ou melhor, profissionais proativos, no sentido completo da palavra!